Nos últimos sete anos, Cascavel deu um salto gigantesco na habitação, com a construção de 3.098 unidades em andamento e em licitação. É o maior programa habitacional da história de Cascavel. Parcerias com o Estado e a União, além dos programas próprios, estão contribuindo para reduzir o déficit habitacional no município. Os números foram apresentados na manhã desta sexta-feira (2) durante a Escola de Governo pelo presidente da Companhia Municipal de Habitação de Cascavel (Cohavel), Vinicius Boza.

Das 3.098 moradias, 2.047 foram construídas em parceria com o governo do Estado. Outras 60 foram edificadas pela Cohavel nos bairros Tarumã, Gralha Azul, Santa Mariana, Novo Mundo, Santa Felicidade, Esmeralda e Cascavel Velho, além da reforma de 56 casas do Condomínio Caridoso que está em andamento.

Na manhã desta sexta-feira, foi assinado o documento que garante a construção de mais 600 moradias pelo MCMV-FAR, que é o Fundo de Arrendamento Residencial, integrante do Programa Minha Casa, Minha Vida. No fim do ano passado, foi autorizada a construção de 150 unidades para servidores, na Rua Cuiabá, e outras 145 espalhadas pela cidade. Desse total, 117 serão no Condomínio Favo de Mel.

O prefeito Leonaldo Paranhos lembrou que tudo precisa ser feito com planejamento, já que Cascavel é uma das 20 cidades que mais crescem no Brasil. Segundo ele, Cascavel chegará a mais de cinco mil habitações até o fim do ano.

“Crescer demograficamente quer dizer mais pessoas. Quando as pessoas vêm morar em Cascavel, uma parte tem condições de comprar uma casa na iniciativa privada, mas grande percentual vem e precisa de uma habitação pública, uma habitação dos programas. Então o nosso planejamento está acompanhando o crescimento demográfico. A cada 100 pessoas que chegam em Cascavel, aproximadamente 40 pessoas precisam de habitação. Por isso que nós aumentamos o perímetro urbano, por isso que nós criamos o Plano Municipal de Mobilidade para que a gente possa acompanhar o censo e ir ofertando a essas pessoas. Foram mais de 22 terrenos que nós disponibilizamos para a Cohavel. A cidade cresce e se não tiver planejamento, nós criaremos aqui bolsões de pobreza”, afirma o prefeito.

Vinicius Boza, presidente da Cohavel, destaca que para este ano são cerca de mil moradias que serão construídas em Cascavel, por meio de programas de moradias populares. Essas construções receberão investimentos acima de R$ 160 milhões.

“A vida da gente começa na casa. Todo mundo quer ter uma casa, quer construir uma família. E com esse programa habitacional, junto com o nosso prefeito Paranhos, vamos realizar o sonho de muitas famílias aqui do nosso município”, diz Boza.

Conjunto Riviera

O prefeito Leonaldo Paranhos lembrou que, em 2017 quando assumiu o Município havia um problema judicial que impedia a entrega das obras do Conjunto Riviera, um espaço com 2.089 moradias construídas pelo governo federal.

O Conjunto Residencial Riviera, construído na região norte de Cascavel, tem uma população aproximada de 7,5 mil habitantes. É praticamente uma minicidade, se for levar em consideração que, no Paraná, dos 399 municípios existentes, 168 possuem população inferior a 7,5 mil habitantes, segundo os números do Censo 2022. Essa ‘pequena cidade’, inaugurada em 2017, exigiu investimentos do poder público em estrutura naquele ano para absorver os novos moradores.

A construção do Conjunto Residencial Riviera foi concluída em 2016, com a expectativa de entregar as chaves das moradias em novembro daquele ano. No entanto, um sorteio realizado no Ginásio de Esportes Sergio Mauro Festugatto para selecionar as famílias que ocupariam as unidades resultou em denúncias de irregularidades. A Justiça, em resposta a essas denúncias, suspendeu a entrega das chaves.

Em janeiro de 2017, logo após assumir o cargo de prefeito, Leonaldo Paranhos visitou o conjunto residencial e iniciou esforços para acelerar a inauguração das moradias. Paranhos estava preocupado em atender às necessidades das famílias e evitar possíveis danos, atos de vandalismo ou invasões.

O prefeito solicitou a intervenção da Procuradoria-Geral do Município, e a Justiça atendeu ao pedido da Prefeitura para liberar os imóveis, permitindo que as famílias ocupassem suas residências.

É importante destacar que a construção do Conjunto Residencial Riviera não gerou custos para o Município de Cascavel. O empreendedor, contratado pela União, comprou o terreno, construiu as moradias e entregou uma série de infraestruturas, incluindo uma escola, uma unidade de saúde, um Centro de Referência da Assistência Social (Cras) e dois Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis).

A administração municipal enfrentou o desafio de montar equipes para operar essas unidades e adquirir mobiliário para equipá-las. “Eu estive no Riviera no dia 9 de janeiro de 2017 para dar início ao processo de aquisição de mobiliário e montar as equipes para atuarem no local. As licitações necessárias foram feitas e em maio de 2017 inauguramos e entregamos o residencial com toda a estrutura necessária para atender a nossa população”, diz Paranhos.

Atualmente, mais de 160 servidores municipais atuam nas unidades do Riviera, distribuídos entre o Cmei Leonides Ezure, Cmei Felisbina Bittencourt, Escola Municipal Professora Maria Aparecida Fagnani Soares, Cras Riviera e Unidade de Saúde da Família.

Em termos de investimento, o Município de Cascavel gasta mensalmente cerca de R$ 881,3 mil apenas com folha de pagamento, conforme demonstra a folha de janeiro. Em 80 meses, desde a inauguração, a Prefeitura já investiu R$ 70 milhões só em folha de pagamento de servidores que atuam nas unidades que o Município mantêm no Riviera. Além disso, outros R$ 22 milhões foram investidos em insumos como alimentação escolar, uniformes escolares, medicamentos para unidade de saúde e outros gastos como água, luz, telefone e zeladoria, que são necessários para a manutenção os próprios públicos no local.

Fonte: CGN